quarta-feira, 11 de abril de 2012

JOSEPH PUJOL E O PEIDO INSPIRADO

Um dos mais celebres registros de todos os tempos sobre cultura e escatologia é a inesperada elevação da flatulência a condição de espetáculo em fins do século XIX através do incomum talento do artista francês  JOSEPH PUJOL ( 1857-1945) que no palco do famoso Moulin Rouge exibia para um público que cotava com frequentadores ilustres como Sigmund Freud e Eduardo, Príncipe deGales, a desconcertante e surpreendente execução em notas de flatulência clássicos como  O Sole Mio e, até mesmo, a Marselhesa, para o desespero dos franceses mais patrióticos.
Não creio que o fato deva ser lembrado exclusivamente pela sua vocação  anedótica. Trata-se aqui de um curioso exemplo do quanto à cultura formal apresenta brechas que desafiam suas próprias codificações e referenciais canônicos transitando pelo curioso campo do grotesco e daquilo que ela mesma estabelece como “marginal” em uma espécie de “autocritica” sutil de suas próprias limitações civilzacionais.

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